Rafael, de 22 anos, foi flagrado em exame antidoping
(Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
O goleiro Rafael, do Cruzeiro, foi pego no exame antidoping, realizado após o jogo contra o América-TO, pela segunda partida das semifinais do Campeonato Mineiro, no dia 1º de maio. O resultado da contraprova deu positivo na manhã desta sexta-feira, no Rio de Janeiro.(Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
O jogador treinou normalmente com os companheiros no período da tarde, na Toca da Raposa. O médico do clube, Sérgio Freire Júnior, foi o representante do Cruzeiro na abertura da contraprova.
Alguns dias antes do jogo, Rafael estava em tratamento de uma conjuntivite bacteriana e de uma inflamação na pálpebra que se chama blefarite, em ambos os dois olhos. O jogador passou por uma avaliação oftalmológica e foi passado pra ele o uso de uma pomada (Maxidol D) e de um colírio (Zypred). A substância encontrada no colírio é a predinisona e a encontrada na pomada é dexametasona.
Sérgio Freire Júnior explicou o que foi detectado na urina do atleta.
- As substâncias são corticoides. O uso do corticoide de forma tópica, no caso do colírio e da pomada, é permitido pela comissão de controle de doping. Só que o corticoide, de uma forma sistêmica, como comprimido, intramuscular e intravenoso, é proibido.
Sérgio Freire Júnior também fez questão de explicar como foi detectada as substâncias.
- O exame do Rafael deu resultado porque a concentração, principalmente da predinisona, no exame dele, deu uma concentração mais alta. De alguma forma o organismo dele absorveu a mais do que o tolerável pelos padrões do controle de dopagem. Por causa da concentração elevada que o resultado deu positivo. Com isso, o laboratório perde o parâmetro de tolerabilidade – explicou.
O goleiro afirmou ao médico que não tomou nenhum comprimido nem injeção. No dia do jogo, como ainda estava com irritação, confirmou que usou o colírio. A pomada já tinha acabado.
O resultado da contraprova ainda não foi entregue oficialmente à Federação Mineira de Futebol. Na próxima segunda-feira, após a notificação, a FMF vai encaminhar o processo de denúncia ao Tribunal de Justiça Desportiva.
*Com colaboração de Luciana Machado e Gustavo Chaves
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