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domingo, 31 de julho de 2011

Del Bosque pede cuidado no Grupo I e admite: 'A França é um rival terrível'

Treinador diz que Espanha vai precisar tomar cuidado para não perder pontos para outros adversários da chave em busca de uma vaga em 2014

Por GLOBOESPORTE.COM Madri
Vicente del Bosque durante coletiva da Espanha  (Foto: EFE)Vicente del Bosque comenta sorteio da Copa e
duelo entre Espanha e França (Foto: EFE)
O técnico Vicente del Bosque avaliou neste domingo o sorteio das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Na opinião do comandante da Espanha, no papel, o duelo com a França, que também caiu no Grupo I do torneio, será o mais difícil. Porém, segundo o treinador da Fúria, não se pode subestimar Finlândia, Bielorrúsia e Geórgia, outros rivais da chave.
- No papel, a França é o adversário direto pela vaga. Mas muitas coisas podem acontecer. Um erro diante dos outros adversários pode complicar muito as coisas para a classificação. A verdade é que teremos dois campeões do mundo duelando por uma vaga na Copa de 2014. A França é um gigante adormecido, que após a Copa da África do Sul iniciou um processo de renovação do plantel. Será um rival terrível - analisou o treinador, em entrevista ao jornal espanhol "Ás".
Confira como foi o sorteio das eliminatórias da Europa para 2014
Na opinião de Del Bosque, a Espanha é a equipe a ser batida pelos rivais. Segundo ele, a Fúria terá que defender o título de 2010 já nas eliminatórias de 2014.
- Não podemos nos queixar do grupo, nem das eliminatórias. Essa não é uma atitude de bons esportistas e de campeões. Temos que respeitar todos os rivais e fazer o possivel para ser o primeiro do grupo. É o que tentaremos porque o segundo colocado vai para a repescagem.
Ao ser questionado sobre ser justo ou não o atual campeão disputar as eliminatórias, Del Bosque preferiu não polemizar sobre o regulamento do Mundial.
- As coisas são como são e temos que aceitar. Não é prático falar sobre isso - disse.
Confira abaixo os grupos das eliminatórias para a Copa de 2014:

Victor reconhece falha, mas diz que Ronaldinho fez falta no lance do 2º gol

Goleiro admite que errou ao tentar driblar o meia dentro da área, mas se defende alegando que sua perna foi travada na jogada. R10 se defende

Por clicRBS Rio de Janeiro
Responsável pelo lance mais marcante na derrota para o Flamengo por 2 a 0, na tarde deste sábado, no Engenhão, o goleiro Victor, do Grêmio, reconhece que errou ao tentar driblar Ronaldinho Gaúcho na grande área (assista ao lado), mas faz questão de se defender alegando que sofreu falta na jogada. Segundo ele, o meia fechou sua perna esquerda o travando.
– Ele fechou minha perna esquerda, tentei driblar e ele me travou. Mas foi falha, Errei. Faz parte – disse Victor.

Ronaldinho Gaúcho disse que aproveitou o fato de Victor ser canhoto para fechar o lado esquerdo do goleiro gremista, que acabou se atrapalhando.

– Sabendo que ele é canhoto, tentei fechar o lado esquerdo dele. Quando ele levou para o pé direito, consegui roubar a bola.
Um dos mais experientes no elenco, o volante Gilberto Silva lamentou mais uma derrota no Campeonato Brasileiro. Contudo, garante que o resultado não vai desanimar os jogadores do Grêmio para a sequência da competição.
– Foi uma infelicidade. Um acidente de trabalho. Estamos trabalhando, mas os resultados não têm acontecido. Não tem desânimo. Quando o adversário marca um gol na única chance que tem, quebra qualquer esquema.

Button acerta a estratégia, vence na Hungria e dá o aviso: 'Vamos voltar'

Inglês, que comemorou 200 GPs na Fórmula 1, triunfa em prova movimentada em Budapeste, à frente de Vettel. Alonso é o 3º, e Massa fecha em sexto lugar

Por GLOBOESPORTE.COM Budapeste
Jenson Button gosta de chuva. E - talvez ainda mais – de corridas movimentadas. Neste domingo, em Budapeste, teve tudo isso. Em prova emocionante até o fim, o inglês, que largou em terceiro e foi vítima de um hacker em seu site no sábado, levou a melhor no jogo das estratégias e venceu o GP da Hungria, o seu 200º na Fórmula 1. Com três paradas, uma a menos que o previsto no início da corrida, o piloto da McLaren apostou na durabilidade dos pneus macios em Hungaroring. Deu certo. Assim como no Canadá, quando também venceu de forma brilhante, o campeão mundial de 2009 conquistou sua segunda vitória na temporada e a segunda seguida da McLaren, sinalizando novamente o retorno do equilíbrio à categoria. No fim, ao comemorar com a equipe, deu o aviso: "Vamos voltar e vencer todos eles!"
Líder do campeonato, Sebastian Vettel, da RBR, fez corrida correta e fechou a prova na segunda posição, se consolidando ainda mais na ponta da tabela. Fernando Alonso, da Ferrari, rodou, chegou a ficar em sétimo após perder posições na largada, mas cruzou a linha de chegada em terceiro. Ele ficou à frente de Lewis Hamilton, um dos principais personagens deste domingo. O inglês liderou boa parte da prova, mas, após perder o controle do carro, foi punido com uma ida aos boxes e saiu da briga pela ponta.
jenson button mclaren gp da hungria (Foto: agência AFP)Jenson Button, em corrida brilhante, venceu o GP da Hungria (Foto: agência AFP)
O australiano Mark Webber, da RBR, fechou a corrida em quinto lugar, à frente de Felipe Massa. O brasileiro, após início de corrida complicado, quando chegou a perder parte da asa traseira em choque no muro de proteção, fez boa prova de recuperação e fechou em sexto.
Rubens Barrichello mais uma vez teve problemas com sua Williams. O brasileiro chegou a ocupar a zona de pontuação, mas não conseguiu manter o ritmo e terminou em 13º. Heptacampeão mundial, Michael Schumacher, da Mercedes, abandonou a prova na 28ª volta, com problemas na caixa de câmbio.
Apesar da vitória de Button, a classificação da temporada não teve muitas mudanças. Vettel segue isolado na ponta, agora com 234 pontos, ampliando a diferença para, Webber, que está em segundo, com 149. Hamilton aparece em terceiro, com 146, seguido por Alonso (145) e Button (134). Massa é o sexto, com 70 pontos.
Agora, a Fórmula 1 entre em recesso. Os pilotos só voltam à pista no dia 28 de agosto, para o GP da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps.
Com chuva, GP da Hungria começa movimentado, e Massa roda na pista
Na volta de apresentação, já houve carro perdendo o controle. A pista molhada em Hugaroring prometia emoção. Logo na largada, Sebastian Vettel sofreu a pressão de Lewis Hamilton, mas segurou a liderança. Jenson Button se manteve na terceira colocação, mas, dali para trás, quase tudo mudou. Felipe Massa, que já havia reclamado de largar na parte suja da pista, perdeu posição para Nico Rosberg, Michael Schumacher e Fernando Alonso. Mark Webber, da RBR, foi outro a ficar para trás.
Com a pista molhada, praticamente todos os carros tinham problemas para manter o controle na pista. Na tentativa de ultrapassar Schumacher, Alonso quase tocou no alemão, mas conseguiu ganhar a quinta posição. Logo depois, Massa, também sem muita facilidade, deixou o heptacampeão mundial para trás.
Na quinta volta, Sebastian Vettel errou o traçado na curva, e Hamilton se aproveitou. O piloto inglês assumiu a ponta da corrida, para a festa no box da McLaren. Três voltas depois, foi a vez de Felipe Massa perder o controle, rodar e se chocar com sua Ferrari no muro de proteção. O brasileiro ainda conseguiu voltar para a pista, mas quebrou uma parte de sua asa traseira e perdeu posições na pista.
largada gp da hungria (Foto: Agência EFE)Largada na Hungria foi movimentada (Foto: Agência EFE)
A chuva diminuiu, e a pista passou a ter algumas partes secas. As equipes, então, adiantaram seus pitstops. Massa foi um dos primeiros a ir para os boxes. O brasileiro voltou andando rápido, mas não o suficiente para recuperar suas posições. Na briga pela dianteira, Button e Webber voltaram com um ritmo melhor. O inglês ganhou posições e pulou para segundo lugar, enquanto o australiano assumiu a quarta posição, deixando Alonso para trás.
Carro de Heidfeld pega fogo na saída dos boxes
Na ponta, por volta da 21ª volta, Hamilton já tinha 9s1 de vantagem sobre Button, segundo colocado e que era pressionado por Vettel, terceiro colocado. Lá atrás, Massa, em nono, andava mais rápido, mas não conseguia ultrapassar Schumacher, que segurava bem a oitava posição.
Em péssima fase na Lotus, o italiano Jarno Trulli foi o primeiro a abandonar a prova, após perder o controle do carro. Depois, a Renault de Nick Heidfeld pegou fogo logo na saída dos boxes. Apesar da demora do atendimento, o piloto alemão conseguiu sair às pressas do carro, sem maiores problemas. Pouco depois, na 28ª volta, foi a vez de Michael Schumacher abandonar, com problemas em sua caixa de câmbio.
Felipe Massa, então, conseguiu a ultrapassagem sobre Schumacher, que não conseguiu controlar o carro após toque do rival e saiu da pista, perdendo outras posições na sequência. O brasileiro, após a troca por pneus supermacios, conseguiu melhorar o ritmo e ultrapassou também Rosberg e Di Resta, da Force India, logo depois, partindo para cima de Kobayashi, da Sauber.
Enquanto isso, em um erro da organização da prova, que rebocava o carro de Heidfeld pela contramão dos boxes, Vettel, que saía do pitstop, quase teve sua vida complicada. O alemão, no entanto, conseguiu voltar à pista em um bom ritmo e conquistou a volta mais rápida da corrida até então, com 1m25s741.
Se Hamilton e Button seguiam tranquilos na ponta, a disputa dali para trás era movimentada. Vettel mantinha a terceira posição, mas Webber passou a sofrer o ataque de Alonso, que, com pneus supermacios, começou a andar mais rápido que todos os rivais, embora tivesse a certeza de que faria uma parada a mais do que o esperado.
vettel rbr gp da hungria (Foto: Agência Reuters)Em corrida segura, Vettel fechou a prova em segundo lugar (Foto: Agência Reuters)
Button arrisca na estratégia e vence o GP
Com 30 voltas para o fim, o jogo das estratégias, então, passou a dominar a corrida. Enquanto Ferrari apostava em uma parada a mais, para poder usar ao máximo os jogos de pneus supermacios, as duas RBRs e a McLaren de Button preferiram arriscar e andar com os compostos macios. A chuva, no entanto, voltou, ainda que tímida. Hamilton, após passar pela zebra molhada, rodou e, parado no meio da pista, quase provocou acidentes em série ao forçar a manobra para voltar à corrida. O inglês foi ultrapassado por Button, e a briga entre os dois ficou boa.
Button acabou perdendo a posição de novo, mas logo recuperou em grande ultrapassagem. Hamilton voltou a tomar a posição, e a McLaren chamou o inglês para o seu quinto pitstop. Logo depois, foi punido pelos comissários com mais uma ida aos boxes, pela manobra arriscada quando perdeu o controle e acabou rodando (veja no vídeo ao lado). A corrida, então, ficou toda Button. Vettel ainda ensaiou uma pressão ao rival da McLaren, mas também com os pneus desgastado, preferiu garantir a segunda posição.
Ainda deu tempo para novas rodadas - como a de Fernando Alonso, que manteve o terceiro lugar - e de Felipe Massa marcar a volta mais rápida da corrida, embora, em sexto, já não tivesse quem pressionar em busca de uma melhor posição. Hamilton também conseguiu tomar de Webber o quinto lugar. Mas foi só. Lá na frente, em paz com a sorte, Button segurou o ritmo e cruzou a linha de chegada em primeiro. A festa estava pronta para começar.
Confira a classificação final do GP da Hungria:
1. Jenson Button McLaren-Mercedes 1h43m42s337
2. Sebastian Vettel RBR-Renault + 3s588
3. Fernando Alonso Ferrari + 19s819
4. Lewis Hamilton McLaren-Mercedes + 48s338
5. Mark Webber RBR -Renault + 49s742
6. Felipe Massa Ferrari + 1:17s176
7. Paul di Resta Force India-Mercedes + 1 volta
8. Sebastien Buemi STR-Ferrari + 1 volta
9. Nico Rosberg Mercedes + 1 volta
10. Jaime Alguersuari STR-Ferrari + 1 volta
11. Kamui Kobayashi Sauber-Ferrari + 1 volta
12. Vitaly Petrov Renault + 1 volta
13. Rubens Barrichello Williams-Cosworth + 2 volta
14. Adrian Sutil Force India-Mercedes + 2 volta
15. Sergio Pérez Sauber-Ferrari + 2 volta
16. Pastor Maldonado Williams-Cosworth + 2 volta
17. Timo Glock MVR-Cosworth + 4 voltas
18. Daniel Ricciardo Hispania-Cosworth + 4 voltas
19. Jerome D'Ambrosio MVR-Cosworth + 5 voltas
20. Vitantonio Liuzzi Hispania-Cosworth + 5 voltas
Abandonaram:
Heikki Kovalainen Lotus-Renault na volta 56
Michael Schumacher Mercedes na volta 27
Nick Heidfeld Renault na volta 24
Jarno Trulli Lotus-Renault na volta 18
Volta mais rápida: Felipe Massa, 1m23s415

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Uma ode ao futebol: Flamengo vence Santos num jogo espetacular na Vila

Peixe abre vantagem de 3 a 0, com show de Neymar. Mas Ronaldinho, que volta a ser o gênio dos tempos de Barcelona, comanda a reação carioca

Difícil achar um adjetivo para qualificar o que Santos e Flamengo fizeram nesta quarta-feira à noite, na Vila Belmiro, pela 12ª rodada do Brasileirão. Um show, um concerto, um espetáculo? É pouco. Foi, enfim, um jogo histórico, que será lembrado por muito tempo. No fim, o Flamengo, de Ronaldinho Gaúcho, que saiu perdendo por 3 a 0, acabou levando a melhor sobre o Santos, num 5 a 4 de encher os olhos, para apagar da memória dos torcedores brasileiros o burocrático futebol apresentado pela Seleção Brasileira na Copa América. O craque rubro-negro, enfim, mostrou a que veio quando retornou ao Brasil. Foi genial, como há muito tempo não era, marcando três gols, chegando a oito, artilheiro da competição. Neymar também brilhou, imarcável, com dois gols.
Muitos gols, uma obra-prima e o vilão
Ninguém tinha dúvidas de que seria um grande jogo, mas acabou saindo melhor, bem melhor mesmo, do que a encomenda. Craques dos dois lados, jogadas de efeito e muitos gols - um deles, de Neymar, uma obra de arte. Foram seis tentos apenas no primeiro tempo. As duas zagas sofreram muito, e falharam demais também. Bom para o espetáculo, que começou com o Santos como protagonista.
Tocando fácil, de primeira, Ganso, Elano e Ibson se achavam em campo. E todos encontravam Borges. Elano, principalmente. Num lançamento primoroso, logo nos movimentos iniciais da partida, o meia largou o camisa 9 na cara de Felipe. Com extrema tranquilidade, o parceiro de Neymar deu um leve toque, o suficiente para tirar a bola do alcance do goleiro rubro-negro.
Ronaldinho Gaúcho comemora gol do Flamengo sobre o Santos (Foto: Eliaria Andrade / Ag. O Globo)Ronaldinho Gaúcho faz a festa na Vila Belmiro
(Foto: Eliaria Andrade / Ag. O Globo)
O Fla até tinha a bola e explorava bem o lado esquerdo da defesa alvinegra, com Luiz Antônio aproveitando-se dos espaços às costas de Léo. Mas o Peixe era mais incisivo. Borges ampliou, completando jogada individual de Neymar, que, deitado no chão, conseguiu acertar o passe para o companheiro.
O time rubro-negro parecia entregue. E Neymar, inspirado. A goleada estava desenhada e com um toque de gênio. Aos 26, o craque santista arrancou pelo meio, jogou para Borges, que escorou e devolveu. Num drible improvável, o camisa 11 passou por Wellinton, Angelim e ficou na frente de Felipe. O toque final foi leve, por baixo do goleiro. A Vila Belmiro aplaudiu de pé.
A festa alvinegra estava armada. Cabia muito mais. Aliás, houve muito mais. Só que, agora, por parte do Flamengo. O jogo mudou de lado. O Rubro-Negro não se intimidou com a vantagem adversária e continuou indo para cima. Marcou dois gols rápidos, com Ronaldinho e Thiago Neves e pressionou o Santos, que apresentava muitas falhas defensivas. Lembrou o time de 2010, que dava sustos na mesma medida em que marcava gols.
Foi aí que apareceu o vilão da noite. Neymar, endiabrado, invadiu a área pela esquerda e caiu. O árbitro marcou pênalti de Willians. Uma marcação duvidosa. Borges pegou a bola para bater, mas Elano assumiu a bronca. Queria se redimir do vexame da Copa América, quando, na decisão por penalidades nas quartas de final, contra o Paraguai, ele mandou uma bola na estratosfera, muito acima da meta. Em momentos difíceis, abusar não costuma ser prudente. Uma cavadinha displicente. A bola, leve, tranquila, morreu nos braços de Felipe, que ainda teve tempo de 'descontar' a ousadia do santista ao fazer embaixadinhas antes de repor a bola em jogo.
A Vila caiu em vaias na cabeça de Elano, que chegou a fazer sinais para os alvinegros descontentes. Para piorar a situação do meia santista, Deivid, escorando cobrança de escanteio, empatou a partida. O Flamengo estava vivo; o Santos, adormecido. Elano, em maus lençois.
Thiago Neves no jogo do Flamengo contra o Santos (Foto: Alexandre Vidal / FlaImagem)Thiago Neves marca o segundo gol do Fla, de cabeça (Foto: Alexandre Vidal / FlaImagem)
Neymar + Ronaldinho = show
O segundo tempo foi tão eletrizante quanto o primeiro. O Fla foi melhor, teve mais a bola. Chegou, inclusive, a encurrralar o Peixe. O sistema defensivo santista falhava na marcação. Ronaldinho e Thiago Neves tinham muito espaço para trocar passes. Os alvinegros, mal posicionados, corriam atrás. Neymar, porém, fazia a diferença. Puxando contra-ataques, ele tirou o Peixe do sufoco logo após o início do segundo tempo, arrancando pela esquerda e dando um toque inspirado para matar Felipe.
Mas Neymar não era o único protagonista do jogaço. Ronaldinho Gaúcho mostrou que o craque pensa à frente, surpreende, improvisa. Falta na entrada da área, pelo lado direito. Rafael armou a barreira e se posicionou no lado direito. Todos esperavam a batida por cima da barreira. Esperto, o camisa 10 tocou rasteiro. A bola passou por baixo e enganou o goleiro santista. 4 a 4!
A Vila Belmiro não respirava. Privilegiadas, as quase 13 mil testemunhas do jogo do ano no Brasil não desgrudavam os olhos do gramado. Qualquer piscada e se perderia um drible de Neymar, um toque refinado de Ronaldinho.
Neymar driblava, chutava, só sofria mesmo com a marcação de Willians. O jeito era fazer a bola não chegar ao astro santista. Foi isso o que o Flamengo fez quando roubou a bola no meio de campo - num erro de Ganso. Um contra-ataque mortal, com Ronaldinho arrancando pela esquerda, invadindo a área e definindo o placar.
Uma salva de palmas para o futebol.
SANTOS 4 X 5 FLAMENGO
Rafael, Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Ibson, Elano (Alan Kardec) e Ganso; Neymar e Borges.Felipe, Léo Moura, Welinton (David), Ronaldo Angelim e Junior Cesar; Willians, Luiz Antonio (Bottinelli), Renato e Thiago Neves; Ronaldinho e Deivid (Jean).
Técnico: Muricy RamalhoTécnico: Vanderlei Luxemburgo
Gols: Borges, 4, 16, Neymar, 26, Ronaldinho Gaúcho, 28, Thiago Neves, 31, Deivid, 43 minutos do primeiro tempo; Neymar, 5, Ronaldinho Gaúcho, 22, 36 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Welinton, Willians, Thiago Neves, Renato (Flamengo). Léo, Neymar (Santos)
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP). Data: 27/07/2011. Árbitro: André Luiz de Freitas Castro (GO). Auxiliares: Márcio Eustáquio Santiago (MG) e Erich Bandeira (PE). Renda e público: R$ 312.040,00/12.968 pagantes.

Bota volta a vencer, agrava a crise do Avaí, mas torcida chia com Caio Jr.

Alvinegro faz 2 a 1, de virada, mas técnico é vaiado por sacar Maicosuel e Herrera, autores dos gols. Catarinenses seguem no Z-4

por GLOBOESPORTE.COM
Pazes feitas, mas com uma ponta de insatisfação. Na noite desta quarta-feira, o Botafogo voltou a vencer depois de quatro partidas, chegou a 19 pontos e se reaproximou do G-4. Nos 2 a 1 sobre o Avaí, de virada, na 12ª rodada do Brasileirão, Maicosuel fez gol, Herrera também marcou, mas as opções do técnico Caio Júnior foram contestadas pela torcida com vaias e gritos de "burro". Autores dos gols alvinegros, o meia e o atacante foram substituídos antes dos 25 minutos do segundo tempo. Ambos deixaram o campo do Engenhão de cara feia. O Mago, que voltou a ouvir aplausos dos torcedores, foi recebido pelo treinador à beira do gramado, mas deixou clara a insatisfação. Dirceu marcou para os catarinenses.
Sem rumo, o Avaí de Alexandre Gallo precisa de uma bússola e muitos pontos. Com sete, a equipe continua mergulhada na zona de rebaixamento, no penúltimo lugar. Os avaianos olham para a tabela e quase têm um enfarte. A campanha é péssima: sete derrotas, quatro empates e uma única vitória.
Na próxima rodada, o Botafogo visita o Cruzeiro, sábado, às 18h30m. No domingo, às 16h, o Avaí recebe o Corinthians.
Maicosuel gol Botafogo (Foto: Ag. Estado)Maicosuel, vaiado nos últimos jogos, fez gol e ouviu aplausos (Foto: Ag. Estado)
Gol precoce e virada alvinegra
Mãos na cabeça, expressão sisuda à beira do gramado do Engenhão. Bem cedo, antes dos dez minutos de jogo. O gol do Avaí, aos seis, doeu como um soco no estômago do técnico Caio Júnior, dos jogadores do Botafogo e de cada torcedor que foi ao estádio. A cobrança de falta de Pedro Ken foi um teste para a dupla de zaga reserva do Alvinegro, formada pelo jovem João Filipe e pelo estreante Gustavo. A bola viajou até a área, Cleverson desviou, e Dirceu, livre, completou para a rede.

Irritada com o jejum de quatro partidas sem vitória, a torcida do Bota jogou a paciência para o alto e chiou. Em vantagem e louco para respirar fora da zona de rebaixamento, o Avaí se trancou e sumiu com a chave. A equipe de Alexandre Gallo passou a sofrer pressão e investiu nos contra-ataques. No melhor deles, em uma trama com passes ligeiros do campo de defesa à intermediária adversária, o volante Fabiano deixou Pedro Ken na frente de Jefferson. Chute cruzado que se perdeu pela linha de fundo, chance desperdiçada que poderia definir o confronto.
Organização não foi o forte do Glorioso, comprometido por oito desfalques. Com Maicosuel  e Alexandre Oliveira abertos pela esquerda, Elkeson na direita, e Herrera centralizado, a equipe rondou a área avaiana, conseguiu alguns cruzamentos, mas fracassou nas infiltrações, criou pouco. Foram quase 20 minutos de avanços insistentes, mas pouco produtivos. Até que Márcio Azevedo acreditou, encarou a marcação de Marcos Paulo e ganhou a primeira disputa dele na lateral esquerda. O cruzamento para trás encontrou Maicosuel livre. De primeira, o Mago empatou: 1 a 1, aos 27. Gol para aliviar as críticas e dar confiança no período de má fase técnica.
O empate não mudou o cenário. Retranca catarinense, luta carioca. Todo mundo sabe que Herrera é trombador e brigador, mas ele também faz gols. Onze minutos depois do empate, o argentino se posicionou bem na área e esperou. Elkeson cobrou falta com precisão, e o gringo, que até ali chamara a atenção pelas reclamações em excesso, escorou de cabeça para virar o placar.
No intervalo, o clube promoveu o Desafio dos Recordes, com provas de atletismo de 100 metros rasos de atletas paraolímpicos.
Avaí se esforça, e Caio Júnior ouve vaias
Caio Junior no jogo do Botafogo (Foto: Marcelo Theobald / Ag. O Globo)Caio Júnior não agradou com as mudanças
(Foto: Marcelo Theobald / Ag. O Globo)
Gallo não tinha alternativa. Com a corda no pescoço, o técnico teve de mudar o time. O atacante Estrada voltou do intervalo no lugar de Cleverson. Pouco depois, Rafael Coelho, também atacante, substituiu o volante Fabiano. O Botafogo passou a esperar o adversário em seu campo e a correr riscos. Caio Júnior, inexplicavelmente, substituiu os autores dos gols. Maicosuel saiu aos 17 para a entrada de Felipe Menezes, e Herrera deu lugar a Alex, aos 24. A reação da torcida foi imediata. Protestos contra as opções do treinador, que ouviu gritos de "burro". O Mago e o argentino saíram de cara amarrada e cabeça baixa.
A pressão do Avaí quase deu resultado. Dirceu cobrou falta com força, a bola desviou no atacante William e entrou. A bandeira subiu. Impedimento marcado e frustração catarinense.
Caio Júnior mudou pela terceira e última vez. Caio entrou no lugar de Alexandre Oliveira, que ouviu vaias por ter feito mais um jogo ruim. O garoto, no entanto, ficou em campo só por cinco minutos. Aos 33, ele sofreu uma torção forte no tornozelo direito em disputa de bola, caiu desesperado e sinalizou como se tivesse sofrido uma fratura. Sem conseguir colocar o pé no chão, desceu chorando para o vestiário e deixou a equipe com um a menos. A insistência do Avaí em chutes de longe e alguns contra-ataques do Bota encerraram um jogo de baixo nível técnico.   
BOTAFOGO 2 X 1 AVAÍ
Jefferson, Alessandro, João Filipe, Gustavo, Márcio Azevedo; Léo, Renato, Maicosuel (Felipe Menezes), Elkeson e Alexandre Oliveira (Caio); Herrera (Alex)Felipe, Welton Felipe, Bruno, Dirceu e Daniel; Marcos Paulo (Batista), Pedro Ken, Fabiano (Rafael Coelho) e Cleverson (Estrada); Romano e William
Técnico: Caio Júnior.Técnico: Alexandre Gallo.
Gols: Dirceu, aos seis, Maicosuel, aos 27, e Herrera, aos 38 do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Herrera, Márcio Azevedo e João Filipe (Botafogo); Marcos Paulo, Welton Felipe e Fabiano (Avaí).
Estádio: Engenhão, Rio de Janeiro. Data: 27/07/2011. Árbitro: Nielson Nogueira Dias (PE). Auxiliares: Jossemmar Diniz Moutinho (PE) e Thiago Gomes Brigido (CE).
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          São Paulo abre 4 a 0, permite reação do Coritiba, mas fica com a vitória

          É o primeiro triunfo do técnico Adilson Batista no Tricolor, que obteve sua quinta vitória em sete partidas disputadas longe do estádio do Morumbi

          por Marcelo Prado
          O São Paulo justificou nesta quarta-feira a sua fama de visitante indigesto no Campeonato Brasileiro. Depois de ser dominado pelo Coritiba nos primeiros 15 minutos, o time ganhou um gol de presente e, com muita facilidade, fez 4 a 0 no marcador. Mas o Coxa, guerreiro e apoiado por sua torcida, mostrou um espírito incrível de reação, diminuiu a vantagem para 4 a 3 e, por muito pouco, não conseguiu o inacreditável empate.
          Foi a primeira vitória de Adilson Batista no comando do Tricolor e a quinta da equipe em sete partidas disputadas longe do Morumbi no Brasileirão. É o segundo melhor aproveitamento de um time visitante na competição (71,4%), perdendo apenas para o líder Corinthians (que tem 80%, fruto de quatro vitórias e uma derrota em cinco jogos).
          Com o triunfo, a equipe do Morumbi, que segue na vice-liderança na tabela, chegou aos 25 pontos e diminuiu para três a desvantagem para o rival de Parque São Jorge. Já o Coritiba, que sofreu sua segunda derrota em casa, segue na faixa intermediária, com 14 pontos.
          Carlinhos gol São Paulo (Foto: Ag. Estado)Carlinhos Paraíba comemora o belo gol marcado em chute de fora da área  (Foto: Ag. Estado)
          Os dois times voltarão a campo no próximo fim de semana. O Coritiba buscará a reabilitação diante do América-MG, domingo, em Sete Lagoas (MG). No mesmo dia, o São Paulo receberá a visita do Vasco no estádio do Morumbi.
          Primeiro tempo dividido em duas partes
          Quem acompanhou os primeiros 15 minutos da partida jamais poderia imaginar que a primeira etapa terminaria com 3 a 0 para o São Paulo. O Coritiba alugou o meio-campo e, empurrado por sua torcida que compareceu em bom número, encurralou o São Paulo. Com um minuto, Rafinha acertou a trave direita de Rogério Ceni. O Tricolor, com a mesma formação do empate contra o Atlético-GO, com três volantes no meio, não conseguia sair para o jogo e ainda deixava duas peças de perigo do Coxa, os rápidos Rafinha e Marcos Aurélio, jogando soltos.
          A história do jogo, no entanto, começou a mudar aos 17. Eltinho falhou em saída de bola pela esquerda, o São Paulo recuperou e Lucas tocou para Carlinhos Paraíba, que disparou uma bomba no ângulo de Edson Bastos: 1 a 0. O gol fez o Coxa entrar em parafuso. Aos 23, em lançamento de Rhodolfo, a zaga paranaense errou na linha de impedimento, e Juan, em posição legal, avançou sozinho e, por cobertura, fez um belo gol: 2 a 0. Os torcedores presentes ao Couto Pereira foram ao desespero e muitos começaram a xingar o técnico Marcelo Oliveira.
          O São Paulo se tornou dono do jogo. O Coritiba passou a errar passes fáceis e, atacando no desespero, passou a deixar espaços para o Tricolor jogar como mais gosta, nos contra-ataques. E aos 30, fez mais um. Dagoberto recebeu de Rivaldo no meio e foi tabelando com Lucas até a entrada da área. O último passe do meia deixou o camisa 25 cara a cara com Edson Bastos e aí foi tocar no canto direito e sair para o abraço: 3 a 0  e festa da torcida são-paulina. O time da casa perdeu a cabeça e Davi foi expulso antes do intervalo.

          Golaço de Lucas e Coritiba reage heroicamente

          Ainda sonhando com a recuperação, Marcelo Oliveira fez duas alterações, sacando Gil e Marcos Aurélio para colocar Maranhão e Anderson Aquino. No São Paulo, Juan foi substituído para a entrada de Cícero. Com isso, Carlinhos Paraíba foi para o lado esquerdo da defesa. O Coritiba até esboçou uma reação, pressionou, mas a história do primeiro tempo se repetiu: em falha da defesa, o São Paulo marcou. E foi um golaço. Após reposição de Edson Bastos, Eltinho dominou errado e a bola sobrou para Lucas, que da intermediária, mandou por cobertura: 4 a 0.
          Adilson Batista queria mais. Ele sacou Rivaldo e, para dar ainda mais velocidade nos contra-ataques, colocou Marlos. Cícero quase marcou em chute cruzado. Do lado paranaense, a torcida perdeu definitivamente a paciência com o lateral-esquerdo Eltinho, tanto que Marcelo Oliveira foi obrigado a sacá-lo. Éverton Ribeiro entrou no seu lugar. Na sequência, Rafinha marcou o primeiro gol do time da casa. O time ganhou ânimo e, aos 29, Bill fez o segundo. A torcida, esperançosa, começou a gritar.
          - Raça Verdão, você é campeão!!
          Percebendo o crescimento do rival, Adilson Batista inverteu as posições de Cícero e Carlinhos Paraíba e trouxe o camisa 20 de volta para o meio-campo, passando o reforço chegado do Wolfsburg-ALE para o lado esquerdo. Nada adiantou. O Coritiba tornou-se dono das ações e, aos 36, Bill perdeu grande oportunidade. Aos 41, o atacante mostrou presença na área e deixou novamente a sua marca: 4 a 3. Adilson Batista entrou em desespero. Sacou Jean para colocar Luiz Eduardo. Para piorar, Denilson foi expulso por reclamação. No fim, apesar de todo o sufoco, o Tricolor conseguiu segurar a vitória.
          CORITIBA 3 X 4 SÃO PAULO
          Edson Bastos; Jonas, Pereira, Emerson e Eltinho (Éverton Ribeiro); Gil (Maranhão), Léo Gago, Davi e Rafinha; Marcos Aurélio (Anderson Aquino) e Bill.Rogério Ceni, Jean (Luiz Eduardo), Xandão, Rhodolfo e Juan (Cícero); Wellington, Denilson, Carlinhos Paraíba e Rivaldo (Marlos); Lucas e Dagoberto.
          Técnico: Marcelo OliveiraTécnico: Adilson Batista
          Gols: Carlinhos Paraíba, aos 18min, Juan, aos 23min e Dagoberto, aos 30 minutos do primeiro tempo; Lucas, aos 9min e Rafinha, aos 22min e Bill, aos 29min e aos 41min do segundo tempo
          Cartões amarelos: Rafinha (Coritiba); Juan e Lucas (São Paulo). Cartão vermelho: Davi (Coritiba) e Denilson (São Paulo)
          Renda: R$ 513.270,00 Público: 23.185 pagantes
          Data: 27/07/2011. Local: Estádio Couto Pereira, em Curitiba. Árbitro: Antonio de Carvalho Schneider, auxiliado por Rodrigo Pereira Jóia e Luiz Muniz de Oliveira, todos do Rio de Janeiro

          Com gols de Felipe no início e no fim do jogo, Atlético-GO vence o Cruzeiro

          Vitória em casa tira time goiano da zona de rebaixamento

          por Fernando Martins Y Miguel
          Se o Cruzeiro entrou como bicho-papão, a mordida foi do Dragão. Há sete jogos sem vencer, o Atlético-GO se recuperou com o triunfo por 2 a 0 sobre o time mineiro, na noite desta quarta-feira, no Serra Dourada. Com os gols de Felipe, a equipe goiana chegou a 12 pontos e deixou a zona de rebaixamento, ficando no 15º lugar.
          Já o Cruzeiro, que vinha de duas vitórias seguidas, vê sua reação ser parada. O time permanece com 18 pontos, na oitava posição, mas pode cair para nono, caso o Ceará vença o Atlético-PR na quinta-feira.
          Na próxima rodada, o Atlético vai a Porto Alegre, onde encara o Internacional, no Beira-Rio, às 16h (de Brasília). O Cruzeiro volta a campo um dia antes, no sábado, às 18h30m, na Arena do Jacaré, quando recebe o Botafogo.
          Felipe gol Atlético-GO (Foto: Ag. Estado)Felipe comemora um de seus dois gols pelo Atlético-GO na vitória sobre o Cruzeiro (Foto: Ag. Estado)
          Felipe estraga homenagem
          O Cruzeiro começou ganhando antes de a bola rolar. Nas arquibancadas do Serra Dourada, a supremacia era celeste, mesmo na casa do adversário. Em campo, o técnico Joel Santana manteve o esquema que bateu o líder Corinthians em São Paulo, na última rodada. A Raposa teve apenas Wallyson na frente e cinco homens no meio de campo: Roger foi mantido no setor, e Leandro Guerreiro entrou na vaga de Gilberto, expulso no Pacaembu.
          Com a bola rolando, as atenções se voltavam para Fábio, goleiro do Cruzeiro. O arqueiro completou a marca de 400 jogos pelo clube celeste. Mas logo no início da partida, o atacante Felipe tratou de estragar a festa do camisa 400 ao completar cruzamento de Rafael Cruz e abrir o placar. Um arremate sem chances para o goleiro.
          O time da casa seguiu pressionando, mesmo com a vantagem no placar. A equipe mineira, por sua vez, não conseguia sair de seu campo de defesa. Felipe levou muito perigo à defesa celeste, visivelmente atordoada com a rapidez rival.
          Montillo era muito bem marcado, e Roger não conseguia dar sequências às jogadas. Entretanto, a Raposa, aos poucos, conseguiu acertar a marcação e equilibrou a partida, porém, sem levar grande perigo ao gol de Márcio. Joel mostrava muita irritação com seus comandados, e, ainda no primeiro tempo, mandou Ortigoza para o aquecimento, provavelmente pensando em alguma mudança no intervalo.
          Defesa sólida e contragolpes bem armados
          Dito e feito. Como Joel não gostou do que viu, promoveu a entrada do paraguaio Ortigoza na vaga de Vitor, um dos piores em campo. Assim, o Cruzeiro passou a jogar no esquema com três zagueiros, com Everton recuado ao lado da dupla Gil e Naldo.
          A alteração surtiu efeito, mas foi o Dragão que assustou pela primeira vez com Thiaguinho ao acertar o travessão de Fábio, num rápido contragolpe. O Cruzeiro partiu com tudo para o ataque e chegou a fazer uma verdaderia blitz no campo de ataque. O técnico interino do Atlético-GO, Jairo Araújo, tirou Thiaguinho, que puxava os contra-ataques para se defender. Por conta disso, o time da casa deixou de frequentar o campo adversário.
          Conforme o tempo passava, a Raposa ia para o desespero. O atacante Reis, que chegou a ser oferecido para vários clubes, entrou na vaga de Roger. E foram deles as melhores chances dos mineiros, mas o goleiro Márcio estava atento, inclusive em um chute à queima-roupa.
          Por sua vez, nas poucas vezes em que conseguia sair, o Atlético-GO levava perigo. Em uma dessas escapadas, Anselmo e Felipe obrigaram Fábio a fazer grandes defesas. Mas aos 45 minutos não teve jeito, e Felipe fechou o caixão da Raposa. Em boa tabela pelo meio, ele ajeitou da entrada da área e mandou uma bomba rasteira, no canto direito de Fábio, dando fim ao jogo.
          atlético-go 2 x 0 cruzeiro
          Márcio; Rafael Cruz, Gilson, Anderson e Ernandes; Agenor, Bida, Thiaguinho (Joilson) e Vítor Júnior (Leonardo); Felipe e Anselmo (MarcãoFábio; Vítor (Ortigoza), Gil, Naldo e Everton; Fabrício, Marquinhos Paraná (Anselmo Ramon), Leandro Guerreiro, Roger (Reis) e Montillo; Wallyson
          Técnico: Jairo AraújoTécnico: Joel Santana
          Gols: Felipe, aos 8 minutos do 1º tempo e aos 45 minutos da etapa final (Atlético-GO)
          Cartões amarelos: Anderson e Agenor (Atlético-GO)
          Data: 27/07/2011. Motivo: 12ª rodada do Brasileirão. Local: Estádio Serra Dourada, Goiânia. Árbitro: Cléber Welington Abade. Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse e Kleber Lúcio Gil. Público: Renda:

          Na conta do Shrek: Palmeiras sofre, mas bate o Figueira e volta ao G-4

          Maurício Ramos faz um gol de peito e dá vitória por 1 a 0 em Floripa, a primeira fora de casa. Alvinegro perde a primeira no Orlando Scarpelli

          por Diego Ribeiro
          Tinha mesmo de ser no peito e na raça. Só assim o Palmeiras conseguiu arrancar, no fim, uma vitória por 1 a 0 sobre o Figueirense, na noite desta quarta-feira, no Orlando Scarpelli. O Verdão jogou na conta do chá e obteve a vitória naquela jogada de sempre: cruzamento de Assunção para alguém desviar. Desta vez foi Maurício Ramos. De peito, praticamente com o distintivo do Palmeiras, o zagueiro marcou aos 37 minutos, deu a primeira vitória fora de casa ao time neste Campeonato Brasileiro e ainda recolocou a equipe no G-4 (assista ao lance no vídeo ao cima).
          O Shrek alviverde marcou pela terceira vez neste Brasileirão e se consolida na defesa montada pelo técnico Luiz Felipe Scolari. Com 22 pontos, o Palmeiras retoma a quarta posição pelo menos até esta quinta, quando o Vasco enfrenta o Bahia - o time carioca, no entanto, já está na Taça Libertadores de 2012, por ser o campeão da Copa do Brasil. O Verdão ainda quebrou o jejum de cinco partidas sem vitória longe de São Paulo no campeonato.
          O Figueirense, por sua vez, estaciona na tabela e fica ali na zona intermediária, com 16 pontos, na nona colocação - pode ser ultrapassado pelo Ceará, que tem 15 e enfrenta o Atlético-PR nesta quinta-feira. O técnico Jorginho saiu de campo nervoso, insatisfeito com a arbitragem de Alício Pena Júnior. A torcida também mostrou irritação, principalmente durante o segundo tempo.
          Na próxima rodada o Verdão enfrenta o Atlético-MG no sábado, às 21h (de Brasília), no Canindé. Kleber, suspenso, não joga. O Figueira vai a Salvador enfrentar o Bahia, às 18h30m (de Brasília) do domingo.
          Mudança de hábito
          Felipão mudou a estratégia do Palmeiras para tentar o primeiro triunfo longe de casa. Luan foi sacado e deu lugar a Wellington Paulista, que ficou mais fixo na área. Se o Verdão perdeu um jogador de segurança na marcação, ganhou muito em volume ofensivo. Antes mesmo do primeiro minuto, uma boa trama do ataque fez Kleber levar muito perigo ao gol de Wilson – o chute passou raspando a trave esquerda. Se nos outros jogos fora de casa o Palmeiras jogava só por uma bola, agora tentou jogar por várias.
          Maikon Leite compôs o ataque mais pela esquerda, com Kleber pendendo para esse lado. Estreante da noite, Gerley também ajudou e foi bem mais efetivo do que o criticado Rivaldo, que não ficou nem no banco após a má atuação na derrota para o Fluminense. Não fosse o goleiro Wilson, o Verdão poderia ter ido para o intervalo com vantagem até confortável.
          O Figueirense não tinha o lateral-direito Bruno, destaque no Brasileirão. E Pablo, seu substituto, saiu machucado ainda no primeiro tempo. Por isso, a equipe de Jorginho ficou mais resguardada na defesa, seu ponto forte, e só conseguiu levar perigo por meio de Maicon e Fernandes, as duas cabeças pensantes dos donos da casa. O time catarinense só assustou nos chutes de longe, principalmente com Aloísio e Heber, dois bons valores do ataque.
          Valdivia no jogo do Palmeiras contra o Figueirense (Foto: Ag. Estado)Até cansar, Valdivia carregou o time do Palmeiras ao ataque contra o Figueirense (Foto: Ag. Estado)
          O árbitro Alício Pena Júnior merece capítulo à parte: perdido, permitiu entradas mais duras dos dois lados e só deu um cartão amarelo na primeira etapa, para Thiago Heleno. O erro mais grave foi do assistente Guilherme Dias Camilo, que marcou impedimento e anulou gol legítimo de Kleber após uma sobra de cabeçada de Maurício Ramos. O Gladiador reclamou demais, não só deste lance, mas de várias faltas não marcadas. Os jogadores do Figueira também não economizaram nas queixas.
          Assunção, de novo!
          No intervalo, Jorginho descobriu uma alternativa para pressionar o rival: povoou seu meio-campo, colocando Elias na vaga de Heber. E não é que deu certo? Em seus dois primeiros toques na bola, o meia do Figueira exigiu uma defesa de Deola e quase fez um golaço de falta. Empurrado pela torcida, o time da casa cresceu muito em campo, mas pecou pelo preciosismo – Aloísio, por exemplo, preferiu tentar um golaço em vez de tocar para o companheiro mas bem colocado.
          Com Valdivia cansado, o Verdão perdeu sua criação. Aí, foi Kleber quem buscou o jogo. Foi do Gladiador o passe perfeito para Maikon Leite, que deixou um zagueiro no chão e acertou a trave. O Mago deu lugar a João Vitor, e o Palmeiras viveu de lampejos de sua dupla de ataque. Depois, Luan entrou para tentar, em vão, dar mobilidade ao time. Perigo, mesmo, só na jogada de sempre: bola parada de Marcos Assunção.
          A torcida do Figueira esfriou com o ritmo lento no Orlando Scarpelli. O duelo caminhava mesmo para o chato empate sem gols, até que Assunção resolveu novamente. Em falta marcada por Alício Pena Júnior, e muito contestada pelo time da casa, o volante cobrou, e Maurício Ramos desviou de peito para abrir o placar. Agora são 12 assistências de Assunção na temporada. Depois, haja sofrimento! O Figueirense acordou e perdeu duas chances claras, com Fernandes e Aloísio. Jorginho ainda teve tempo de ser expulso depois de esbravejar contra o árbitro. Nada que fizesse a equipe catarinense igualar o jogo.
          figueirense 0 x 1 palmeiras
          Wilson, Pablo (Coutinho), João Paulo, Edson Silva e Juninho; Ygor, Túlio, Maicon (Rhayner) e Fernandes; Héber (Elias) e Aloísio.Deola, Cicinho, Thiago Heleno, Maurício Ramos e Gerley; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Valdivia (João Vitor); Maikon Leite (Chico), Kleber e Wellington Paulista (Luan).
          Técnico: Jorginho.Técnico: Luiz Felipe Scolari.
          Gol: Maurício Ramos, aos 37 do segundo tempo
          Cartões amarelos: Ygor, Maicon (FIG); Thiago Heleno, Gerley, Marcos Assunção, Márcio Araújo, Kleber (PAL)
          Estádio: Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC). Data: 27/7/2011. Árbitro: Alício Pena Júnior (Fifa-MG). Auxiliares: Guilherme Dias Camilo e Fabricio Vilarinho da Silva.

          Grêmio não consegue se recuperar e apenas empata com o América-MG

          No Estádio Olímpico, mineiros saíram na frente, mas tricolores igualaram

          por Eduardo Cecconi
          Com Julinho Camargo no comando, a ambição do Grêmio é vencer em casa e empatar fora. Nesta noite de quarta-feira, entretanto, o América-MG frustrou os planos do técnico tricolor. No Estádio Olímpico, as duas equipes apenas empataram em 1 a 1, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. Willian Rocha abriu o placar para os mineiros, e Miralles - que seria expulso logo depois - empatou (assista aos gols no vídeo ao lado).
          O empate deixa o Grêmio com 13 pontos, apenas dois à frente da zona de rebaixamento. O América-MG, com 8 pontos, segue no Z-4 - é o 18º colocado. As duas equipes voltam a campo no próximo fim de semana. No sábado, às 18h30m (de Brasília), o Tricolor gaúcho enfrenta o Flamengo, no Engenhão. No dia seguinte, também às 18h30m, o América-MG recebe o Coritiba na Arena do Jacaré.
          Armadilha
          Experiente, com 31 anos trabalhando à beira do campo, Antônio Lopes sabe como criar armadilhas para fisgar um adversário tecnicamente superior. Foi o que aconteceu no primeiro tempo. No 3-6-1, o América-MG fechou-se à frente da própria área, obstinado em frear a velocidade do jogo. Com muitas faltas e catimba, manteve a bola parada durante 20 minutos na etapa inicial. E nos 26 restantes (somando o acréscimo) ainda conseguiu marcar um gol, com o zagueiro Willian Rocha de cabeça.
          Ao Grêmio, coube o desespero. Vaiado e perdendo em casa desde cedo, atirou-se ao ataque sem qualquer organização. E passou a chutar, insistentemente, de fora da área. No total, com 58% de posse de bola, arriscou 15 conclusões - nenhuma, entretanto, obrigou o goleiro Neneca a sujar o uniforme.
          Gol e expulsão
          Embora não tenha modificado a equipe no intervalo, Julinho Camargo esperou pouco para recorrer ao banco de reservas. E tirou de campo o, até então, intocável Douglas. Entre aplausos e vaias, o camisa 10 tricolor deixou o campo sem sequer olhar para o treinador, dando lugar a Leandro. Julinho apostava no 4-3-3.
          Douglas no jogo do Grêmio contra o América-MG (Foto: Neco Varella / Ag. Estado)Douglas, do Grêmio, disputa jogada com jogador do América-MG (Foto: Neco Varella / Ag. Estado)
          Disposto a pressionar, o Grêmio chegou ao empate da mesma forma que o América-MG havia largado à frente: na bola parada. Pela primeira vez titular, Miralles marcou após cobrança de falta do capitão Fábio Rochemback.
          Mas o argentino, candidato a herói, foi expulso poucos minutos depois. Sem ele, a insistência tricolor arrefeceu. Mesmo com posse de bola superior a 60%, e quase 30 finalizações, não foi possível chegar à virada.
          GRÊMIO 1 X 1 AMÉRICA-MG
          Victor; Saimon, Mário Fernandes, Rafael Marques e Lúcio; Gilberto Silva, Fábio Rochemback, Douglas (Leandro) e Escudero (Marquinhos) e Miralles; André Lima.Neneca; Willian Rocha, Micão e Amaral; Marcos Rocha, Dudu (Eliandro), China, Caleb (Rodriguinho), Léo e Carleto (Gabriel); Fábio Júnior.
          Técnico: Julinho Camargo.Técnico: Antônio Lopes.
          Data: 27 de julho de 2011. Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre. Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez, auxiliado por Dibert Pedrosa Moisés e Ediney Guerreiro Mascarenhas (trio do Rio de Janeiro).
          Gols: Willian Rocha (América-MG), aos 15m do primeiro tempo. Miralles (Grêmio), aos 15m do segundo tempo.
          Cartões amarelos: Miralles, André Lima (Grêmio); Carleto, Micão, Amaral, Marcos Rocha, Fábio Júnior, China (América-MG). Cartão vermelho: Miralles (Grêmio).
          Público: 15.033 torcedores. Renda: R$ 210.249,50.

          André estreia com gol e garante vitória do Galo sobre o Fluminense

          Ex-atacante do Santos balança as redes com oito minutos em campo e afasta crise. Tricolor segue rotina de altos e baixos na competição

          por GLOBOESPORTE.COM
          Competência + estrela = uma estreia perfeita. André precisou de apenas oito minutos para começar a mostrar que valeu a pena toda força feita pelo Atlético-MG para contar com seu futebol. Este foi o tempo que o atacante precisou após entrar em campo, aos 22 minutos do segundo tempo, para decretar a vitória do Galo sobre o Fluminense, por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, no Ipatingão, em Ipatinga, pela 12ª rodada do Brasileirão.
          André comemora gol do Atlético-MG contra o Fluminense (Foto: Futura Press)André comemora gol do Atlético-MG contra o Fluminense, no Ipatingão (Foto: Futura Press)
          O estreante, por sinal, foi o responsável por salvar uma noite que vinha sendo marcada por um futebol lamentável no interior de Minas Gerais. Com muitos passes errados e jogadas duras, tricolores e atleticanos protagonizavam um dos piores jogos do Campeonato Brasileiro. Melhor para o ex-fiel escudeiro de Neymar, que ganhou ainda mais destaque em sua primeira vez pelo Galo.
          A vitória impediu que a combinação de resultados da rodada colocasse o Atlético-MG para a zona de rebaixamento e leva dias de paz ao time, que chega aos 14 pontos, na 13ª posição. Sábado o compromisso é fora de casa, diante do Palmeiras, às 21h (de Brasília), no Pacaembu. Já o Flu segue sua gangorra no Brasileirão: são seis derrotas e cinco vitórias em 11 jogos, o que coloca os cariocas em décimo, com 15 pontos. O rival de domingo, às 16h, no Engenhão, é o Ceará.
          Poucas oportunidades, muitas faltas e passes errados
          O Fluminense esperava um erro do Atlético-MG para dar o golpe fatal. O Galo, por sua vez, entrou em campo pressionado e sem poder errar. Pior para o torcedor que foi ao Ipatingão e viu um primeiro tempo fraco tecnicamente e com raras chances de gol. Somente nos 45 minutos iniciais foram 38 passes errados (17 do Galo contra 21 do Flu) e 20 faltas cometidas (9 x 11). Finalizações? Apenas 11 (5 x 6), nenhuma perigosa.
          Deco no jogo do Fluminense contra o Atlético-MG (Foto: Photocâmera )Deco e Dudu Cearense disputam jogada: primeiro tempo ruim no Ipatingão (Foto: Photocâmera )
          Ciente de que vencer era emergencial, o Galo até começou o jogo marcando pressão no campo de ataque e anulando qualquer possibilidade de ação ofensiva do Flu. Faltava, por sua vez, qualidade quando tinha a bola nos pés. Com Jônatas Obina e Magno Alves distantes, o ataque não dava opções e a maioria das conclusões aconteceu em arremates de longa distância sem direção.
          Apostando nos contragolpes, o Fluminense dependia da criatividade da dupla Deco e Souza. Bem no jogo, o segundo até deu bons passes, mas com Fred isolado no ataque as jogadas não fluíam e as melhores chances também aconteceram em chutes sem muito perigo.
          Com os laterais em noite pouco inspirada, as duas equipes afunilavam muito os lances e a partida ficou truncada no meio-campo e com faltas em sequência. Pior para o Flu, que perdeu Deco e Diguinho, suspensos, para o jogo diante do Ceará, no fim de semana.
          Na descida para o intervalo, os próprios jogadores admitiram que a jornada não foi das mais empolgantes.
          - A torcida lamenta a situação da equipe. Temos que participar mais. O time está se escondendo um atrás do outro. Temos que participar mais – reclamou o lateral-esquerdo atleticano Guilherme, muito vaiado.
          Já Gum admitiu a precaução excessiva do Tricolor.
          - Jogo difícil. O Atlético-MG está pressionando e marcando forte. Queremos surpreende-los. Não podemos ter erro.
          André estreia e salva
          Fred no jogo do Fluminense contra o Atlético-MG (Foto: Photocâmera )Fred participou pouco do jogo(Foto: Photocâmera )
          Na volta para o segundo tempo, Dorival Júnior botou o Galo no ataque: saiu o lateral Guilherme para a entrada do atacante Wesley. Já Abel Braga colocou Fernando Bob para fazer a ligação entre defesa e ataque na vaga de Deco. Ponto para estratégia mineira. Mesmo que mais na base da vontade do que na técnica, o Galo tomou conta do jogo e colocou Diego Cavalieri para trabalhar. Patrick e Magno Alves em chutes de longe forçaram boas defesas do goleiro.
          Com sua equipe acuada, Abelão deu o troco e recolocou o Flu na partida com a entrada de Rafael Sobis no lugar de Souza. Assim, Fred não estava mais isolado, e os laterais passaram a buscar a dupla ofensiva com cruzamentos perigosos. O goleiro Giovani, por sua vez, pouco trabalhou.
          A esta altura, o estreante André, ex-Santos, já estava em campo, e para provar que tem estrela. Oito minutos com a camisa atleticana foram suficientes para marcar o primeiro gol. Aos 30, Magno Alves avançou pela direita em velocidade e cruzou na pequena área a meia altura. O atacante se antecipou a Gum e teve que se abaixar para cabecear firme sem chances para Cavalieri: 1 a 0 Galo e alívio em Ipatinga.
          Em vantagem, o Atlético-MG recuou e por pouco não foi punido por isso. O Flu, que começou o jogo com um atacante, já tinha três em campo com a entrada de Rafael Moura e partiu para o abafa. Fred, Marquinho e o próprio He-Man desperdiçaram boas chances e não foram capazes de mudar o placar. Festa mineira no Ipatingão.

          Atlético-MG 1 x 0 Fluminense
          Giovanni, Patric, Werley, Lima e Guilherme Santos (Wesley); Richarlyson, Dudu Cearense (Luiz Eduardo) e Caio; Jônatas Obina (André) e Magno Alves.Diego Cavalieri, Mariano, Gum, Digão e Carlinhos; Edinho, Diguinho (Rafael Moura), Marquinho, Souza (Rafael Sobis) e Deco (Fernando Bob); Fred.
          Técnico: Dorival Júnior.Técnico: Abel Braga.
          Gols: André, aos 30 minutos do segundo tempo.
          Cartões amarelos: Dudu Cearense e Wesley (ATL) Deco, Diguinho, Fernando Bob e Marquinho (FLU)
          Estádio: Ipatingão, em Ipatinga (MG). Data: 27/07/2011. Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio (DF), auxiliado por Altemir Hausmann (RS) e Marrubson Melo Freitas (DF). Público pagante: 16.100 pessoas. Renda:
          R$ 73.990.
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