por 3 a 1, provocação da torcida e bate-boca após cerimônia pela paz
16/07/2011 20h26 - Atualizado em 16/07/2011 20h33
Coxa passa fácil pelo Flu em noite
de reencontro no Couto Pereira
Primeira partida após pancadaria de 2009 tem triunfo do time da casa
por 3 a 1, provocação da torcida e bate-boca após cerimônia pela paz
O termo revanche seria exagero diante da marca deixada por um rebaixamento. Entretanto, o torcedor do Coritiba deixou o Couto Pereira mais aliviado após o primeiro reencontro com o Fluminense depois da partida que decretou a queda para Série B em 2009 e deflagrou uma pancadaria generalizada em campo. Com futebol simples e objetivo, além da colaboração de Márcio Rosário – falhou em dois gols -, o Coxa fez 3 a 1 nos cariocas em partida válida pela décima rodada do Brasileirão, neste sábado.
Apesar da cerimônia de entrega de placas ressaltando o respeito e a união dos jogadores no hino nacional para sepultar o episódio de dois anos atrás, o clima em campo foi de tensão, com divididas fortes, bate-boca e provocação entre as torcidas. Na parte em que se limitaram a jogar futebol, Marcos Aurélio, Pereira e Bill fizeram a alegria dos coxas brancas, enquanto Matheus Carvalho descontou para um Flu burocrático e apático.
Com o resultado, o Coxa pula para 13 pontos e ocupa a nona colocação. Uma acima do próprio Tricolor, que tem 12. Na próxima rodada, dia 24, os cariocas recebem o Palmeiras no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, às 16h (de Brasília), mesmo horário de Bahia x Coritiba, marcado para o estádio de Pituaçu, em Salvador.
Pouco futebol e muita tensão: melhor para o Coxa
Perfilados no centro do gramado para a execução do hino nacional, os jogadores de Coritiba e Fluminense não apenas recordavam o jogo histórico de 2009. Eles também tinham como objetivo sepultar qualquer clima hostil causado pela briga generalizada após a partida que decretou a queda do Coxa. Tudo muito bonito e dentro do script, mas só até o apito inicial do árbitro Paulo César Oliveira.
Na base da velocidade, o Coritiba chegava ao ataque em bloco e abusava dos chutes da entrada da área. Em um deles, aos 13, Léo Gago contou com o montinho artilheiro para fazer Diego Cavalieri bater roupa. No rebote, Marcos Aurélio escorou com o joelho por baixo do goleiro: 1 a 0. A desvantagem abateu (e muito) um Flu que estava tão seguro de si. Bom para o Coxa, que aproveitou o apagão e fez o segundo aos 23. Após cobrança de escanteio de Tcheco, Márcio Rosário “dormiu” e deixou a bola passar, sem sequer saltar, para que Pereira emendasse com o pé direito no segundo pau.
Sono, falhas e fim de um trauma
Ciente da evidente falta de dinamismo e objetividade em sua equipe, Abel Braga promoveu duas mudanças na volta do intervalo: Deco e Matheus Carvalho nas vagas de Diguinho e Ciro. Com isso, a equipe ganharia em velocidade no lado do campo e teria um armador a mais para ajudar Souza, certo? Na teoria, sim. Mas não foi o que aconteceu. O Fluminense até continuou com posse de bola, trocando passes, mas parecia sonolento e pouco assustava. Na verdade, sequer assustava.
A partir daí, a partida perdeu a graça. Tanto em campo, quanto nas arquibancadas. Entregue, o Fluminense não fazia muito para diminuir. Com a vitória garantida, o Coritiba administrava o placar e esperava contra-ataques. Os torcedores, por sua vez, já se mostravam “vingados” e se manifestaram somente com vaias e xingamentos a Edinho, o tricolor mais exaltado, ao ser substituído por Valencia.
Em meio ao marasmo, Matheus Carvalho ainda diminuiu aos 33, aproveitando grande bobeada da defesa rival após cobrança de escanteio. Nada que impedisse o torcedor coxa branca de respirar aliviado. Ainda deu tempo de gritar 'olé' e comemor a derrota do Atlético-PR contra o Vasco. A marca deixada pela participação na Série B em 2010 jamais será apagada, mas o trauma chamado Fluminense ficou para trás.
Apesar da cerimônia de entrega de placas ressaltando o respeito e a união dos jogadores no hino nacional para sepultar o episódio de dois anos atrás, o clima em campo foi de tensão, com divididas fortes, bate-boca e provocação entre as torcidas. Na parte em que se limitaram a jogar futebol, Marcos Aurélio, Pereira e Bill fizeram a alegria dos coxas brancas, enquanto Matheus Carvalho descontou para um Flu burocrático e apático.
Com o resultado, o Coxa pula para 13 pontos e ocupa a nona colocação. Uma acima do próprio Tricolor, que tem 12. Na próxima rodada, dia 24, os cariocas recebem o Palmeiras no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, às 16h (de Brasília), mesmo horário de Bahia x Coritiba, marcado para o estádio de Pituaçu, em Salvador.
Pouco futebol e muita tensão: melhor para o Coxa
Perfilados no centro do gramado para a execução do hino nacional, os jogadores de Coritiba e Fluminense não apenas recordavam o jogo histórico de 2009. Eles também tinham como objetivo sepultar qualquer clima hostil causado pela briga generalizada após a partida que decretou a queda do Coxa. Tudo muito bonito e dentro do script, mas só até o apito inicial do árbitro Paulo César Oliveira.
Marco Aurélio comemora o primeiro gol do Coritiba contra o Fluminense (Foto: Ag. Estado)
Talvez inflamados pelas arquibancadas, onde tricolores e coxas brancas deixavam claro que a rivalidade ficou acirrada depois do episódio, o primeiro tempo foi marcado por divididas fortes, reclamações de ambas as partes e um forte bate-boca entre Emerson e Edinho na descida para o intervalo. Sob gritos de “timinho”, o volante reclamava de uma solada do adversário e foi acalmado pela “turma do deixa disso”. Entre o gesto de paz e a discussão, porém, rolou futebol. Nada capaz de encher os olhos, é verdade, mas suficiente para dar aos paranaenses vantagem de dois gols.saiba mais
Com Fernando Bob na vaga de Marquinho, poupado por ter proposta para deixar o clube, o Tricolor até começou melhor. O meio-campo povoado fazia com que a bola permanecesse por ali e nos pés cariocas. Faltava, no entanto, criatividade e movimentação dos atacantes Ciro e Rafael Moura. Já o Coxa sempre deixou claro que não fazia questão de ter a redonda por muito tempo nos pés, mas que seria incisivo quando a tivesse. Estratégia que deu certo.Na base da velocidade, o Coritiba chegava ao ataque em bloco e abusava dos chutes da entrada da área. Em um deles, aos 13, Léo Gago contou com o montinho artilheiro para fazer Diego Cavalieri bater roupa. No rebote, Marcos Aurélio escorou com o joelho por baixo do goleiro: 1 a 0. A desvantagem abateu (e muito) um Flu que estava tão seguro de si. Bom para o Coxa, que aproveitou o apagão e fez o segundo aos 23. Após cobrança de escanteio de Tcheco, Márcio Rosário “dormiu” e deixou a bola passar, sem sequer saltar, para que Pereira emendasse com o pé direito no segundo pau.
Rafael Moura teve atuação muito discreta na derrota do Flu em Curitiba (Foto: Photocâmera)
Pronto. O que se viu de futebol nos primeiros 45 minutos no Couto Pereira foi isso. De resto, o Flu seguiu trocando passes de um lado para o outro, enquanto a torcida rival protestava a cada marcação da arbitragem. No último lance, Gum ainda assustou em cabeçada que Eltinho cortou em cima da linha. Lance abafado pelo já citado bate-boca entre Emerson e Edinho.Sono, falhas e fim de um trauma
Ciente da evidente falta de dinamismo e objetividade em sua equipe, Abel Braga promoveu duas mudanças na volta do intervalo: Deco e Matheus Carvalho nas vagas de Diguinho e Ciro. Com isso, a equipe ganharia em velocidade no lado do campo e teria um armador a mais para ajudar Souza, certo? Na teoria, sim. Mas não foi o que aconteceu. O Fluminense até continuou com posse de bola, trocando passes, mas parecia sonolento e pouco assustava. Na verdade, sequer assustava.
Bill deu trabalho para a defesa do Fluminense
(Foto: Photocâmera)
O Coxa, por sua vez, continuava ligado na tomada. Firme na marcação, principalmente com o viril Emerson na defesa, e veloz no ataque, parecia saber que tinha o controle da partida e que o terceiro era questão de tempo. Realmente foi. Mais precisamente seis minutos até Maranhão fazer boa jogada pela direita e cruzar rasteiro. A bola até parecia tranquila para a zaga, mas Márcio Rosário novamente cochilou e deixou Bill antecipar e, com um leve desvio, colocar para o fundo das redes no primeiro pau: 3 a 0.(Foto: Photocâmera)
A partir daí, a partida perdeu a graça. Tanto em campo, quanto nas arquibancadas. Entregue, o Fluminense não fazia muito para diminuir. Com a vitória garantida, o Coritiba administrava o placar e esperava contra-ataques. Os torcedores, por sua vez, já se mostravam “vingados” e se manifestaram somente com vaias e xingamentos a Edinho, o tricolor mais exaltado, ao ser substituído por Valencia.
Em meio ao marasmo, Matheus Carvalho ainda diminuiu aos 33, aproveitando grande bobeada da defesa rival após cobrança de escanteio. Nada que impedisse o torcedor coxa branca de respirar aliviado. Ainda deu tempo de gritar 'olé' e comemor a derrota do Atlético-PR contra o Vasco. A marca deixada pela participação na Série B em 2010 jamais será apagada, mas o trauma chamado Fluminense ficou para trás.
Edson Bastos, Maranhão, Pereira, Emerson e Eltinho (Triguinho); Willian, Léo Gago, Rafinha e Tcheco (Gil); Bill e Marcos Aurélio (Anderson Aquino). | Diego Cavalieri, Mariano, Gum, Márcio Rosário e Carlinhos; Edinho (Valencia), Diguinho (Deco), Fernando Bob e Souza; Ciro (Matheus Carvalho) e Rafael Moura. |
Técnico: Marcelo Oliveira. | Técnico: Abel Braga. |
Gols: Marcos Aurélio, aos 14 minutos do 1º tempo, Pereira, aos 23 minutos do primeiro tempo, Bill, aos 6 minutos do segundo tempo, Matheus Carvalho aos 33 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Bill, William, Anderson Aquino (Coritiba); Diguinho, Mariano, Edinho, Deco, Márcio Rosário (Fluminense). | |
Renda: R$ 267.900,00. Público: 16.498 pagantes e 18.524 presentes | |
Data: 16/07/2011. Local: Couto Pereira, em Curitiba. Arbitragem: Paulo César Oliveira (SP-FIFA), auxiliado por Vicente Romano Neto (SP) e João Nobre Chaves (SP) |
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