Pessoas Online

Menu

Banner

Banner

quinta-feira, 3 de março de 2011

Pênalti no último minuto tira a vitória do Santos sobre o Cerro. Crise segue

Torcida santista comemorava o primeiro triunfo na Libertadores e o fim do sufoco, graças a gol de Elano. Mas aos 47 da etapa final, veio o empate

por Adilson Barros
A crise na Vila Belmiro parece não ter fim. Quando parecia que tudo daria certo, quando se acreditava que, enfim, o Santos conseguiria sua primeira vitória na Taça Libertadores e assumiria a ponta do Grupo 5, um pênalti. Edu Dracena derrubou Bareiro na linha da grande área no último minuto do jogo. Nanni rolou a bola para o canto direito. Rafael fez o seu malabarismo, pulou sobre a linha, tentou desestabilizar o batedor, que o ignorou solenemente. O jogo terminou 1 a 1. Elano havia marcado primeiro, aos dez da etapa final. A alegria alvinegra durou 35 minutos.
Foi a primeira partida do Alvinegro sem o técnico Adílson Batista, demitido no domingo. Marcelo Martelotte segue à frente da equipe, enquanto a diretoria não define o novo treinador. O time já soma quatro jogos sem vitória - três empates e uma derrota. Coincidentemente, a série começou quando Neymar voltou ao time.

Com o resultado, o Santos vai a dois pontos ganhos. Está na terceira posição do Grupo 5. O Cerro Porteño, com quatro, lidera a chave.
Peixe fora de sintonia
Um lance aos 33 minutos de jogo resumiu o espírito da equipe santista. Zé Eduardo recebeu livre pela esquerda e, em vez de tentar o cruzamento de pé esquerdo, simples, para Neymar e Diogo que entravam, tentou dar de letra e entregou a bola para o adversário.
Luan Piris Cerro Portenho Neymar Santos (Foto: EFE)Luan Piris tenta frear Neymar: camisa 11 alterna momentos de habilidade com displicência (Foto: EFE)
Deu mesmo a impressão de que os jogadores do Santos não perceberam se tratar de um jogo de Taça Libertadores. O time alvinegro tinha a posse de bola, rondava a área adversária, mas desperdiçava passes demais. Equipe dispersa, nervosa em alguns momentos, desconcentrada em outros, fora de sintonia sempre. A torcida tentou apoiar no início, mas logo passou a vaiar. Diogo, que deveria ser o elo entre o meio e o ataque, tinha dificuldades para dominar a bola. Elano, que deveria armar o time, insistia em passes longos e improdutivos.
 O Santos só levava algum perigo em lampejos esporádicos de Neymar, que alternou momentos de velocidade e habilidade com outros de pura displicência. Mesmo ficando com a bola por mais tempo, o Peixe não exigiu nenhuma defesa do goleiro Barreto.
O Cerro, com duas linhas de quatro, marcava muito bem e ainda tinha liberdade para contra-atacar com perigo. O argentino Iturbe, de 17 anos, confirmava a badalação em torno dele. Com muita velocidade, levava perigo à defesa santista. Aos 37, ele recebeu pelo meio e partiu em direção ao gol, ultrapassando marcadores. Chegou à linha de fundo e brecou a bola de repente, deixando Jonathan no chão. Sorte dos santistas que Nuñes, que recebeu o cruzamento do projeto de craque, errou a cabeçada. Esse lance e uma defesa de Rafael em cobrança de falta de Nuñes foram os momentos de maior perigo na etapa inicial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário